sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Minha primeira vez


Atenção pessoal, hoje tenho alguns recados antes de falarmos sobre a minha primeira vez:

Recado 1- Estamos chegando no nosso 10° post e quase 1500 views. Analisando a movimentação de vocês, resolvi mudar as postagens para segunda-feira, que é o dia de maior visibilidade. #ficaditoorecado

Recado 2- Algumas pessoas que encontrei através do blog se interessaram em dividir suas histórias com a gente, por isso gostaria de convidá-los a me contar alguma experiência para que eu possa dividir com as leitoras do blog. Por isso no post de hoje eu conto: A minha primeira vez!

Foi em 1994, eu tinha 22 anos e depois de uma grande desilusão amorosa decidi passar uns tempos em Fortaleza. Depois de alguns meses por lá conheci uma pessoa muito especial, com quem eu comecei a namorar, não demorou muito para ele me apresentar seu filho Iago. 

Lembro até hoje da sensação que eu tive ao olhar aquele bebezinho lindo de apenas 06 meses, loirinho, foi paixão à primeira vista. Eu não fazia nem ideia que viveríamos coisas tão fortes e importantes juntos.

O pai e a mãe do Iago não se relacionaram, já fizeram logo ele, por isso eu nunca tive que lidar com o ciúmes da mãe, muito pelo contrário, ficamos amigas rapidamente. Porém, quando ele era pequeno ela passou por uma fase de muitas viagens e como ele ainda não frequentava a escola, passou períodos bem extensos comigo e com o pai. Foi um tempo em que descobri mais profundamente o que era esse universo louco e desconhecido que é amar o fruto de uma história que não era a sua.

Aprendi a trocar fralda, preparei e dei muita mamadeira, vi o cabelo nascer e a gengiva coçar quando seus dentes nasceram (não vi os dentinhos trocarem porque eu já tinha voltado pra Sampa), fomos centenas de vezes à praia, eu sabia preparar a comida dele do jeitinho que ele mais gostava, eu o embalava para dormir na rede cantando Marisa Monte (coitado, espero que não tenha ficado com trauma dessa parte :-), cuidei dele várias vezes, fosse por virose, diarreia, machucados e etc...

Em 1999, quando ele tinha 05 anos eu decidi voltar para São Paulo, faz 15 anos que não nos vemos ,mas nos falamos por telefone com alguma freqüência e agora pelo Facebook. O carinho que temos até hoje um pelo outro me mostra que amor não tem medida, ele é algo que quando construído com pureza é muito mais profundo que o tempo e a distância.

Estamos planejando um reencontro para 2014, espero que Deus nos abençoe e esse abraço possa mesmo acontecer.

Quando decidi criar o blog, escrevi para o pai do Iago e para a mãe da minha enteada contando que tudo começou porque um dia eles confiaram em mim e a resposta deles foi linda e afetiva. O que me mostra que tudo vale a pena quando a alma não é pequena, no fundo, o que permanece mesmo é o amor.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Eu odeio Candy Crush!


- Sweet illusion: 400 níveis a serem ultrapassados.
- O jogo mais popular da história do Facebook, é jogado mais de 600 milhões de vezes por dia e tem mais de 50 milhões de usuários.
- Uma vitima do jogo assumiu em uma entrevista ter gasto U$236,00 com o jogo antes de perceber que estava viciada.

Resolvi escrever sobre isso depois de assistir 2 situações tristes envolvendo filhos, mães e Candy Crush.

A partir do dia que decidi escrever o post até hoje, eu fiquei atenta a várias pessoas que são usuárias desse jogo, foquei nas pessoas que passam muito tempo jogando (que é o caso das mães que vou mencionar abaixo), e escutei várias justificativas: "quando jogo eu não sinto solidão", "estou estimulando minha memória" (comprovadamente isso não acontece), "é melhor jogar do que ficar brigando com os outros", "eu jogo só um pouquinho" (depois de contar 3 quase acidentes provocados pela falta de atenção porque estava jogando), foram algumas bobagens que eu escutei.

Perguntei ao meu quiropraxista Dr Arnaud Ramos sobre os malefícios de ficar tantas horas jogando; entre eles: inflamação no tendão do dedo, inflamação do pulso, cotovelo e ombro, além de distensão da coluna. 
Questionei também o meu oftalmologista, Dr. Luiz Otávio B. Guarnieri, e sua resposta foi: a CVS (Computer Vision Syndrome). Seus principais sintomas são: dor de cabeça, olhos vermelhos, lacrimejamento em excesso ou olho seco, sonolência e vista cansada. Em casos extremos pode ocorrer até o descolamento da retina!

Pelo amor de Deus gente, eu não estou dando diagnóstico aqui, se você fica muitas horas no celular/computador e sente algum sintoma ou desconforto, procure um médico, OK?

O que eu quero dizer com esse post, é que na minha opinião, além do o mal que os viciados em Candy Crush fazem a si mesmos, o mais triste é o que fazem com as suas famílias, seus filhos, seus pais. 
Os 2 casos que eu vi e me incomodaram eram filhos tentando falar coisas importantes e suas mães completamente abduzidas por esse joguinho, nas 2 cenas que eu presenciei as mães perderam momentos mágicos. Espero que pelo menos elas tenham mudado de fase.

Numa das cenas, mãe e filha estavam no metrô voltando para casa depois da menina passar o final de semana na casa do pai, a adolescente estava toda nervosa e emocionada contando para a mãe que tinha dado seu primeiro beijo, a reação da mãe com o rosto colado na tela do celular foi um simples: "Ah que legal"
Mesmo que essa menina conte de novo pra ela sobre o beijo, a emoção de falar sobre isso pela primeira vez nunca mais voltará, ela perdeu, espero que pelo menos tenha passado de fase no jogo...

Na outra cena, dessa vez no ônibus, a mãe tinha acabado de pegar o filho na casa do pai, o menino todo feliz tentando contar para a mãe que tinha aprendido a andar de bicicleta sem rodinhsa, a reação da mãe: "que ótimo, agora fica quieto que eu estou tentando me concentrar".

Aí você me pergunta: por que fazer um post sobre isso no blog da Boadrasta?
Porque nos 2 casos as crianças voltavam da casa do pai, e se elas tiverem a sorte de ter Boadrastas que não são viciadas em Candy Crush, essas mulheres dividiram com eles essas emoções. É muito triste saber que essas mães perderam esses momentos mágicos não por conta de algum motivo importante, mas por conta desse jogo ridículo que rouba a vida das pessoas.

Caro leitor(a), se você perceber que esse joguinho está roubando sua vida, procure ajuda, isso não é brincadeira!

Até semana que vem.

Links Relacionados.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Férias


Oba, férias! 

Se você já é uma Boadrasta, esse é um bom momento para passar mais tempo com as crianças e se divertir, mas se você está chegando agora no pedaço, é tempo de conquistar um pouquinho mais de espaço no coração deles, e a ocasião perfeita para vocês se conhecerem melhor. Aproveite!

Aqui em casa as férias são um momento para ficar mais próximo, fazer programas juntos.
Eu faço bastante coisa com a Isa, mas, eu também incentivo programas só ela e o pai, assim eu tenho um tempinho pra mim e eles o tempo deles juntos, acho isso muito saudável.

Acho bacana os pais conversarem e dividirem seu tempo com as crianças nas férias, quando nós viajamos com a Isa, temos sempre a preocupação de avisar a mãe dela que chegamos bem e uma vez por dia (geralmente a noite), ela liga para a mãe para contar como foi o dia e saber como foi o dela. Fazer isso alem de melhorar a nossa relação de confiança, deixa a Isa mais tranquila. Coisinhas assim vão deixando a convivência geral mais segura e prazerosa.

Para quem tem enteados pequenos eu tenho algumas sugestões:

-       Muita paciência se a noite eles chorarem, principalmente nas primeiras viagens, isso é normal e o ideal é o pai e você gerarem um ambiente o mais confortável, seguro e tranquilo possível, levar os brinquedos favoritos, bichinhos de pelúcia que estão acostumados a dormir na casa da mãe e desenhos que mais gostam de assistir são coisas legais e que vão fazer ela se sentir segura.
-       Ajude seu marido com os cuidados, principalmente em lugares com praia e piscina (e principalmente se eles não souberem nadar).  Fique atenta se precisa repassar o protetor solar, se estão de boné, ofereça água e suco, pois se eles ficarem bem sua viagem será muito melhor .
-       Quando eles são pequenos, ajude a arrumar a mala e seus pertences, mostre que tem um saco para as roupas sujas e um para as molhadas e que os brinquedos tem que ficar arrumados para não perder. Mesmo que as crianças ainda seja pequenas e não atentem muito para a organização, nada impede que você já comece a ensiná-los.

É isso gente, curtam bastante as férias de vocês, com muita saúde e amor.

Até a semana que vem!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Guarda compartilhada


Esse assunto é polêmico e gera várias linhas de discussão, por isso vou fazer três coisas diferentes neste post :

- Abaixo vou escrever o que eu penso sobre o assunto.
-  No vídeo você pode assistir uma entrevista super bacana que eu fiz com o Dr. José Eduardo Branco da J.E. Branco Consultoria Jurídica .
-       E nos links relacionados algumas matérias que eu li antes de escrever o post, acho legal quem se interessar pelo assunto dar uma pesquisada, existe bastante literatura (sites e livros) sobre o assunto abordando tanto o lado psicológico como jurídico.


Guarda compartilhada

Há quem ache saudável, há quem não ache, há quem ache que ajuda a evitar alienação parental, há quem ache que facilita .

Na minha opinião, para que o processo seja bem sucedido, essa condição não pode ser imposta, acho que um dos pais deve ter a guarda “principal” e ter também uma maleabilidade para que o outro construa um espaço na vida do filho . Assim, quando o casal estiver bem o suficiente para aplicar a guarda compartilhada, e o filho se deslocar entre as casas, vai ser mais natural pra ele.

Eu concordo com a linha que acha que em alguns casos a criança, por ter duas casas, pode ficar confusa e sem referencia de lar, de um porto seguro, por isso eu acho que chegar numa guarda compartilhada é um processo de amadurecimento dos pais e dos filhos com relação a separação. Quando isso acontece de uma forma equilibrada, mostra que a relação dos pais junto a essa criança foi reconstruída de uma forma bacana.

Às vezes, no começo todos precisam de uma fase de adaptação, e na minha opinião (e experiência) é importantíssimo :

- respeitar o que foi combinado previamente entre os pais, principalmente dias e horários, assim um passa a confiar no outro e essa guarda vai ficando cada vez mais agradável para todos.

- Construir um espaço físico que a criança possa entender como sendo o cantinho dela dentro da sua casa.

- Combinar previamente viagens de férias, datas comemorativas, festa de aniversário, etc.

No meu caso, a mãe da minha enteada tem a guarda, mas, mesmo assim ela sempre teve um quarto e seu espaço muito bem definido aqui na casa do pai, isso antes e depois de casarmos. Minha enteada não tem um “enchoval” diferente em cada casa, ela leva e trás suas roupas , brinquedos , material escolar, uniforme do ballet, de acordo com a rotina daquele (ou daqueles) dias. Um dia uma outra criança perguntou para ela em que casa ela ia querer morar quando crescesse e ela respondeu que não precisaria escolher pois ela já morava nas duas. Fiquei tão feliz em saber que ela também se sente segura e apropriada na nossa casa.

Acho que para que os pais consigam ter uma guarda compartilhada saudável, é fundamental que eles tenham sempre DI-Á–LO-GO !

Bom final de semana e até sexta feira !

Links relacionados Alguns aspectos jurídicos:

Aspectos Pscológiocos: e Juridicos

Achei esse artigo bem legal:

Esse canal é muito legal :

Site : J. E. Consultoria Jurídica

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

As apresentações


Madrasta, Boadrasta ou mulher do meu pai? Como eles vão me chamar? Qual a melhor forma e o momento ideal para esta apresentação?
Ser apresentada aos filhos do nosso namorado é sempre um momento tenso e muito esperado, cheio de expectativas, pois se essa hora chegou, muito provavelmente seu relacionamento vai de vento em popa.
Acho que essa apresentação deve ser muito bem pensada, principalmente por parte do seu namorado. Ela deve ocorrer quando o casal estiver bem seguro de que o relacionamento que estão construindo vale tanto a pena, que essa investida se faz necessária. Não é legal ser apresentada e conviver com crianças em um relacionamento que ainda não está muito firme, muitas vezes elas se apegam, e se a sua relação com o pai delas terminar será mais uma perda com a qual elas terão que lidar. Acho que essa situação é totalmente desnecessária, que eles não precisariam passar se os adultos fossem mais responsáveis com esse assunto.
É muito importante respeitar o tempo das crianças e principalmente construir gradativamente uma relação de confiança, sempre respeitando o tempo delas, não desista se houver resistência em ser aceita, na maioria das vezes, essa resistência existirá. Seja criativa, seja próxima sem ser invasiva, sempre respeitando o espaço que eles forem cedendo.
PAIS, sejam prudentes em todos os sentidos. Façam essa transição de forma leve, sem pressionar ou impor a presença da sua namorada para as crianças, ajude ela a construir esse espaço com bastante amor e paciência, seja criativo, inclua sem invadir, mas, tente sempre construir novos espaços para ela entrar, não deixe ela sozinha nessa, a sua presença será importante para o êxito dessa conquista .
A forma como você vai ser apresentada para as pessoas pelos filhos dele precisa ser resolvida entre vocês, a chave de tudo sempre será o dialogo , quanto a mais claro e franco melhor será para todos.
Até a semana que vem!