segunda-feira, 31 de março de 2014

Insegurança.


Acredito que toda mulher quando se torna madrasta se sente insegura num primeiro momento, principalmente pela primeira vez.
Eu me senti bastante insegura no começo da minha relação com meu marido, principalmente quando éramos namorados. Isso porque começamos a namorar pouco tempo depois da sua separação. No meu caso eu já entrei num momento muito confuso da vida dele, da ex e da minha enteada (que era muito novinha).
O tempo passou e eu acho que alguns fatores ajudaram a diminuir essa insegurança. O fato do meu parceiro me ajudar a “abrir caminho” junto a minha enteada facilitando e incentivando uma convivência tranqüila e amorosa, criar meu espaço junto a família dele,  definir limites com relação a ex-mulher e reforçar o espaço que conquistei junto a amigos e familiares.
Outra situação que no começo me deixava super insegura eram os eventos sociais/familiares. Eu não sabia direito como me comportar. As primeiras festas de amiguinhos da escola da minha enteada também foram tensos pra mim, eu não sabia se as mães dos amiguinhos teriam algum tipo de preconceito. Com o tempo fui conhecendo as pessoas e essa insegurança passou e graças a Deus eu nunca sofri nenhum constrangimento nesse sentido!
No começo pesou também pensar como seria a minha convivência com a mãe da minha enteada, afinal quando conhecemos um homem que tem filhos de relacionamentos anteriores e nos apaixonamos por ele não temos a menor idéia do que esta por vir pela frente, principalmente com relação a ex-mulher, se ela ainda é apaixonada, se eles acabaram decentemente o relacionamento, se ela é autoritária... Várias coisas influenciam em como será essa relação e na maioria das vezes no inicio desconhecemos parte dela.  Para minha felicidade eu a mãe da minha enteada escolhemos a boa convivência, respeito e cooperação.
Confesso que depois que casei essas inseguranças diminuíram ao ponto de quase não existirem mais.
Acredito que a cada fase da vida do nosso relacionamento novas inseguranças podem aparecer, por isso o apoio do nosso parceiro é fundamental para passarmos por esse período inicial e todos os outros que virão. Acreditando, apoiando, incentivando e construindo juntos!
É isso aí.
Beijo e até semana que vem!

segunda-feira, 24 de março de 2014

O Papai vai se casar. E agora???



O segundo casamento é sempre uma decisão difícil para alguns homens, e quando ele tem filhos de outro relacionamento mais ainda.
Casar-se é uma decisão que deve ser feita com tranqüilidade e segurança, assim como no primeiro casamento.
Muitas vezes esse é o momento da sua futura segunda esposa realizar o sonho dela. O que necessariamente envolve muitas expectativas.
Quando eu e meu marido nos casamos, minha enteada tinha 3 anos. No dia do  cartório ela foi junto e almoçou com todos no final e no dia do culto na igreja eu fiz questão que ela ficasse a vontade. Falei para os mais próximos deixarem ela fazer o que quisesse. Se quisesse ir com o pai podia. Como foi às 4 da tarde, ela dormiu, acordou e ficou quietinha no colo da avó.
Acho bacana dividir com eles todo o processo, permitindo que eles participem de algumas decisões quanto a mudança de casa, de rotina, como ficará a relação de vocês caso a esposa tenha filhos de outro casamento, e o que mais surgir. Deixe eles por dentro de tudo com transparência e segurança.
Já escutei “causos” de pessoas que a enteada entrou de noivinha (mesmo estando aparentemente contrariada). Eu acho isso muito invasivo para a criança. Na boa, acho uma grande falta da bom senso.
Na cerimônia, minha sugestão é que o casal tente ser discreto e respeite a privacidade e escolha dos seus enteados. Se eles não quiserem ir, respeitem, afinal de contas você (madrasta) está realizando um sonho e eles estão assustados sem saber o que está por vir. Quando o pai se casa de novo, os filhos às vezes sentem coisas que não conseguem entender bem. Ficam felizes ou tristes? Sentem-se abandonados? Vou ter espaço na nova família que está se montando? É muita novidade, muita expectativa, muita ansiedade.
Senhores papais, neste momento será natural vocês se sentirem como aquele chinês que equilibra pratos no circo. Na realidade é isso mesmo que está acontecendo. Faça seu melhor e “não deixe o prato cair”, em pouco tempo tudo voltará ao normal novamente.
Por essa semana é isso.
Um beijo e até semana que vem!

segunda-feira, 17 de março de 2014

Cantinho - O espaço do seu enteado na sua casa.



Cantinho – O espaço de seu enteado na sua casa.

O cantinho da minha enteada em casa é um dos lugares mais importantes pra mim, assim que mudamos foi o primeiro cômodo que pintamos e decoramos.
Ela sempre teve sua cama, seus brinquedos (uns vão e vem da casa da mãe, uns ela deixa sempre aqui) fotos da mãe, dos avós, do Foo Fighteres (ela adora). Quando ela quis mudar a cor de uma das paredes do quarto, pintou junto com o pai.  Esse tipo de vivência é muito saudável, um momento mágico de um dia que ela vai lembrar pra sempre.
Mesmo que a criança que só venha de 15 em 15 dias, eu acho muito importante que ela tenha alguma coisa dela na casa do pai, um cantinho que ela saiba que ali estão as coisas dela.  “Ali é meu espaço físico na casa do meu pai”. Isso reforça o quanto ela é importante para ele e que seu espaço na vida dele depois da separação existe e é respeitado.
Esse espaço, seja ele um quarto super decorado ou um cantinho num armário, dá para a criança segurança, intimidade e participação ativa na vida do pai.
Pra mim, uma boadrasta verdadeira preza que seu parceiro seja um bom pai e ajuda ele no que for preciso para que isso aconteça. Dentre as coisas que você pode fazer para ajudar seu amado, uma delas é cuidar para que seu enteado tenha o espaço dele na sua casa, isso é essencial para que essa relação siga segura.
Beijo e até semana que vem.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Dicas de Leitura



Hoje eu quero falar de dois livros que me fizeram super bem ler.
O Primeiro é o 100 % Madrasta da Roberta Palermo. Achei ele super bem humorado, direto e objetivo. Aborda as principais situações vividas por uma madrasta, dá bons exemplos e boas dicas!
Sinopse
Os contos de fadas nos ensinaram a suspeitar das madrastas. Ciumentas, invejosas, rancorosas... Toda madrasta é má. Pois é esse mito que "100% Madrasta: Quebrando as Barreiras do Preconceito" vem derrubar.
Roberta Palermo, madrasta, mãe e também enteada, uniu sua experiência pessoal e profissional ao relato de muitas vozes ouvidas em seu Fórum das Madrastas na internet e em depoimentos do curso de Terapia Familiar da Unifesp.
O resultado está neste livro bem-humorado, que descreve a formação da nova família e as relações surgidas com o novo casal, que já tem filhos do primeiro casamento do marido. Roberta ensina que o diálogo é a chave para resolver conflitos entre madrastas, enteados e demais personagens desse kit de relacionamentos, o que pode gerar momentos de grandes alegrias.

Limites sem traumas – Tânia Zagury
Eu gostei muito desse livro porque ele mostra de forma clara e objetiva o que é impor limites e que tipo de limite cada a criança precisa a cada fase da vida. Sempre que a minha enteada está mudando de fase eu e meu marido damos uma lida nele novamente.
Sinopse 
O livro "descomplica" o dia-a-dia da família e indica as necessidades das crianças em cada etapa do desenvolvimento, dando a base para realizar a mais difícil de todas as tarefas dos pais: dar limites aos filhos.

Espero que gostem das dicas e até semana que vem.


Links relacionados

segunda-feira, 3 de março de 2014

Não, pode!


 
Não, pode!

Outro dia vendo estava lendo um artigo falando sobre as crianças precisarem de limites, isso é saudável, elas esperam isso dos adultos,  existem várias pesquisas sobre esse assunto que constatam essa necessidade.

Muitas vezes para conquistar os coraçõezinhos dos nossos enteados acabamos deixando eles fazerem coisas que saem dos limites, a as vezes voltar atrás e tentar impor esses limites novamente pode ser muito desgastante.

Por exemplo, na casa da mãe seu enteado só pode jogar videogame/internet 1:30h por dia (o que pra mim particularmente é tempo demais jogado fora com um videogame/internet), e quando ele passa o final de semana na casa do pai pode 3 horas, depois de um tempo quando você e seu marido perceberem que ele está ficando 4 horas e decidirem fazer como a mãe, passar para 1:30h, pronto amiga, estará instaurada a confusão na sua vida!!!!

Muitas vezes temos que dizer não, impor regras para o bem estar deles e de todos.

Concordo que nem sempre é fácil, principalmente quando eles já estão grandinhos.

Para isso devemos ter uma dose bem grande de amor e paciência, mostrar delicadamente nossos motivos, que os limites colocados são sensatos ... Tente fazer isso desde o momento em que os assuntos aparecerem.

Aqui em casa temos regras em comum que ocasionalmente não são seguidas (férias, feriados,comemorações): dormir até 21:30h(no máximo) durante a semana, fazer todas as refeições na mesa (de preferência juntos), TV fica para a horinha depois do jantar (pra baixar a bola), andar de skate só com capacete e joelheira, e por ai vai.

Acho que muita vezes é difícil e temos que lidar com a resistência deles, por isso quanto mais incomum essas regras forem melhor para todos.

Uma fator muito importante nesse processo de dizer alguns “não”  é o apoio do pai, se quando você precisar impor as regras o pai endossar sua ação passará a ser regras da casa e não sua.

Temos que fazer o nosso melhor para que nosso enteados se tornem adultos equilibrados e felizes no futuro e nesse processo um “não” bem colocado faz parte.!

Beijo e até semana que vem.
Links relacionados 
http://www.prontobaby.com.br/dicas-de-saude/168-a-importancia-do-qnaoq
http://guiadobebe.uol.com.br/a-importancia-do-limite/
https://www.youtube.com/watch?v=OHYWQXYq4vg