segunda-feira, 28 de abril de 2014

Não é meu!


Hoje vou falar de um sentimento que é muito chato de sentir: a constatação de que por mais que você ame, cuide e proteja seu enteado, ele não é seu filho!
Eu falo aqui para sermos amorosas, companheiras, amigas de nossos enteados e quanto mais eles gostam da gente mais gostosa fica nossa relação e mais amor nós sentimos por eles, porém, sempre vai existir uma parte do caminho junto a ele que nós não podemos percorrer. Eles não são nossos filhos. Por mais que estejamos próximos e integrados à vida deles, muitas coisas vão caber apenas ao pai e a mãe decidir. Esse é o momento onde aparece na nossa cara esse sentimento de que ele não é meu filho, e eu tenho que respeitar e entender isso.
Esse sentimento é muito conflitante e bem difícil de sentir. Muitas vezes nós madrastas damos banho, preparamos a comida que eles gostam, lemos livros para eles dormirem, cuidamos nas enfermidades, mas tem coisas que não cabe a nós, porque eles não são nossos filhos.
Um exemplo super triste dessa realidade está acontecendo agora com uma amiga muito querida. O pai ficou com a guarda da filha e ela foi morar com eles. Nesse tempo elas conviveram diariamente. Como Boadrasta que é, minha amiga cuidou com todo amor e carinho da enteada, descobriu que ela era disléxica e começou a ajudar nos assuntos escolares. Enfim, depois de um ano, o parceiro da minha amiga faleceu. A mãe da enteada (que fez alienação parental o tempo todo com a filha) não deixa minha amiga vê-la, e se ela conseguir ver não será mais a enteada que ela cuidava e amava. Essa mãe já influenciou a visão dela sobre a madrasta.
Nesse caso, por exemplo, não tem o que fazer. A enteada não é filha da minha amiga. O melhor a se fazer é assumir que a mãe vai criar bem ou mal como quiser, a filha é dela.
Decisões sérias envolvendo por exemplo saúde, espiritualidade, escola onde vai estudar, virgindade, drogas, intercambio, e outros semelhantes são assuntos que não passam pela “ordem” da madrasta. Momentos onde geralmente assistimos e torcemos, mas,não cabe a nós resolver.
Esse post de hoje é pra lembrar desse grande detalhe.
Beijo grande e até semana que vem.



segunda-feira, 21 de abril de 2014

Next level – Adolescência





Tem um ditado que diz que filho é que nem vídeo game, fica mais difícil a cada fase. E quando eles entram na adolescência então...
Eu estava conversando outro dia com uma amiga que está prestes a se casar e será madrasta de uma adolescente, coincidentemente 2 dias depois recebi um comentário muito querido aqui no blog falando sobre como se relacionar com enteados adolescentes.
Minha enteada tem 08 anos e nunca foi madrasta de um adolescente,mas, fato é 
que não é fácil.
Eu acredito que no meu caso o amor que eu e minha enteada construímos agora na infância será fundamental para sermos amigas e nos respeitarmos (com muito amor) quando chegar nessa fase.
Fato é que quem convive com adolescentes tem que ter uma dose tripla de PACIENCIA.
Nessa fase eu acho que a madrasta pode ficar por perto, ser amiga, ter diálogo transparente,mas,o pai e a mãe serão responsáveis por interferir  diretamente quando o enteado estiver em situações mais delicadas como envolvimento com drogas, álcool, rebeldia, namoros, homossexualidade ... Se por acaso numa situação qualquer como madrastas soubermos de algo mais grave, por mais que amemos muito nosso enteado e venha uma vontade de ajudar, acho complicado tentar resolver porque pode gerar um conflito desnecessário e desgastante, nesse caso acho prudente passar a condução do assunto diretamente para 
o pai e a mãe.
Na fase da adolescência de nossos enteados nossa interferência fica mais superficial, porque eles estão se auto afirmando e quanto menos cacique apitando na vida deles, menos conflito.
É muitas vezes difícil dialogar, mas, acho bacana quando possível falarmos para eles o que sentimos, sem DR, apenas um toque de amor, mostrar que sua rebeldia não afeta seu amor e seu respeito por ele.
Não leve para o lado pessoal e nem se sinta ofendida se o seu enteado elogiar a mãe ou compará-la com você, esse é um claro sinal de como ele ainda está se adaptando a essa nova realidade que é quase sempre difícil numa fase inicial. Esse tipo de comportamento é mais comum entre enteados adolescentes, que são na sua maioria são mais desconfiados e difíceis.
No caso de adolescentes e madrastas que tem pouca diferença de idade fica mais difícil para eles entenderem que mesmo tendo idades parecidas essa mulher foi escolhida pelo seu pai para ser companheira dele, assim como ele respeita seu pai  deve respeitá-la também. Nessa caso acho que devemos ter uma postura firme, mas, aberta ao dialogo e mostrar que você não entrou na vida do pai para competir (e não competir mesmo), deixar claro que os lugares de vocês são diferentes na vida do pai. Acho que nesse caso, os enteados sentirem ciúmes e pensar que a madrasta vai roubar o lugar deles de filhos é um sentimento bem compreensível.
Fato é que e todos os casos em que nos envolvemos com adolescentes o grande segredo é: muita PACIÊNCIA e pouca pressa.
Curiosidade - Pesquisando sobre esse tema achei uma resposta (top 5) de uma adolescente num fórum onde a pessoa perguntava o que ela precisa para se dar bem com o enteado a adolescente . Ache bem legal a resposta dela e estou copiando aqui (tomei a liberdade de corrigir o português na transcrição):

Eu sou uma enteada adolescente e o que nós mais odiamos é :

1) Quando nossos pais dão mais atenção pra vocês (padrasto,madrasta) do que pra nós.

2) NUNCA mais NUNCA se meta em uma discussão dele com o pai .

3) Não invente de dar bronca ou castigo.

4) Quando ele tiver conversando com seu pai, evite chegar perto e nem fale alguma coisa para o pai dele sair de perto e ir resolver,só se for urgente (esse momento pode ser importante pra ele).

5) Se você quiser ter um filho converse com ele pra saber a opinião dele. (alias não só sobre filhos pergunte a opinião dele sobre os assuntos da casa em geral) ele pode achar q você teve esse filho e agora ele terá de dividir a atenção do pai com a criança

Se você fizer tudo isso pode ser que você ganhe a confiança dele.

 
Eles são duros na queda,mas,não são impossíveis.

Por hoje é só.

Curta o Blog nas redes sociais:

Instagram - @boadrastacom
Twitter - @blogboadrasta


segunda-feira, 14 de abril de 2014

A Vódrasta!


Esse nome “Vódrasta” só existe no dicionário informal.
Mãe da madrasta ou mãe do padrasto, madrasta da mãe ou madrasta do pai, madrasta da madrasta ou madrasta do padrasto. Quando o avô casa com outra mulher

Hoje eu vou falar das Vódrastas. Essas pessoas que podem ser tão gostosas para uma criança quanto suas avós.
Acredito que a forma como sua mãe vai se relacionar com seu enteado está diretamente relacionada a forma como é a sua relação com ela, sua mãe. Também está muito relacionada a maneira que você passa para ela como é a sua relação com seu enteados.
A tendência das mães é defender seus filhos e quando nós filhos não gostamos de algo, elas tendem a tomar nosso partido. Assim que elas vão enxergar nossos enteados. Na maioria das vezes a reação da mãe da madrasta vai depender diretamente de como a madrasta se relaciona e mostra essa criança para sua família.
A minha mãe acolheu muito bem minha enteada desde o inicio. Elas são muito afetivas uma com a outra. Minha mãe é convidada para aniversários, dá presente de Natal, já costurou alguns vestidos de festa junina, cortou cabelo... Ela e meus irmãos tratam minha enteada como ela é - parte da família !
Conheço pessoas que foram Boadrastas a vida toda e hoje os filhos dos seus enteados as consideram como mais uma avó, a Vódrasta.
O importante é pensar que quanto melhor sua relação com seu enteado, melhor vai ser a relação da sua mãe (e da sua família) com ele.
Acredito que uma Vódrasta acolhedora é mas um canal de amor e  segurança para as crianças dentro dessa nova família.
Quero deixar aqui um grande abraço para todas as Vódrastas que fazem a vida dessas crianças mais gostosas.
Beijo e até semana que vem .

Curta o Blog nas redes sociais
Instagram - @boadrastacom
Twitter - @blogboadrasta


Link relacionado

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Respeito, é bom e todo mundo gosta!

 
Eu sempre escutei relatos tristes de situações envolvendo madrastas, e depois do blog tenho escutado muito mais. Refletindo sobre essas histórias eu decidi escrever esse post.
Gostaria de falar sobre RESPEITO.
Muitas madrastas exigem que seus enteados as respeitem, mas elas mesmas não respeitam seus enteados e quando uma madrasta desrespeita seu enteado automaticamente ela está desrespeitando seu companheiro. Essa conta é simples e é assim mesmo.
As crianças não obedecem quem eles não respeitam, e elas não respeitam quem não respeitam elas. Só se pode exigir respeito quando primeiro se dá. Nós somos os adultos, nós somos os responsáveis pela condução das coisas, as crianças simplesmente reagem a nós.
Tem muita madrasta que faz questão que os enteados se sintam como convidados em suas casas e na sua vida e não como parte da família. Quando uma madrasta não leva em consideração que para seus enteados a sua casa é a casa do pai deles, ela não está respeitando os sentimentos das crianças quando chegam nesse espaço e nem respeitando seu companheiro que está recebendo seus filhos, e não convidados.
Sei que para algumas pessoas é difícil ser gentil e carinhosa com as crianças, tudo bem. Agora, aproveitar dessa dificuldade para ser cruel, exercitar seu “poder” em cima dos enteados, eu acho muita falta de respeito.
Quando um pai que estava com seu filho semanalmente e depois que namora/casa passa a visitar o filho menos vezes por imposição da companheira e não se posiciona, também não respeita sua condição paternal. Se é importante para esse homem, ele tem que brigar por esse espaço em seu casamento/namoro, o espaço de exercer plenamente sua paternidade.
Neste post estou defendendo o respeito pelas crianças, respeito no tratar com elas, porque eu entendo que nós escolhemos nossos maridos e namorados. Ninguém nos obriga a ficar com um cara com filhos, os enteados não nos escolhem, eles tem que conviver com as escolhas dos pais gostem ou não. Por isso que acho que por mais difícil que seja para algumas pessoas, respeitar o sentimento do seu companheiro e respeitar essas crianças é importante e necessário.
Por essa semana é isso aí .
Beijão e até semana que vem.

Links relacionados:

Instagram - @boadrastacom
Twitter - @blogboadrasta