segunda-feira, 30 de junho de 2014

Avós x Madrastas



Hoje eu vou falar da relação entre nós madrastas e as avós dos seus enteados.
A maioria das avós tem um apego muito grande com seus netos e ter que conviver com uma mulher que elas não conhecem se relacionando com seus netos é no mínimo uma situação desconfortável (pelo menos num primeiro momento). Principalmente se a separação aconteceu com as crianças ainda muito pequenas.
No começo do meu namoro a Isa era muito novinha, ela tinha um pouco mais de um ano. Eu nunca conversei sobre isso com a minha sogra, mas eu acredito que tenha sido muito difícil para ela pensar que sua neta estava convivendo com a namorada (até então desconhecida para ela) do seu filho.
Quando eu falo da avó paterna do seu enteado, eu falo da sua sogra. Não posso deixar de lembrar que essa relação para nós madrastas é um pouco mais delicada, pois antes de tudo ela é a mãe do seu marido. Acaba sendo uma relação  diferente da relação com a mãe da ex-mulher dele (a outra avó).
Acho muito importante respeitar o tempo da sua sogra em te aceitar, em te conhecer, em aceitar a forma como você vai conduzir seu relacionamento com as crianças e entender que algumas vezes ela vai tentar interferir na relação de vocês ou em algum assunto porque é uma maneira de proteger as crianças. Mas nunca podemos perder de vista que ela além de avó das crianças é a mãe do seu marido! Se sua sogra ficar te comparando com a “ex” ou ficar lembrando o quão maravilhosa ela era, respire fundo e entenda que ela ainda não conseguiu lidar com a separação do filho, não leve para o lado pessoal. Quanto menos atrito melhor para todos (sempre). Não guarde mágoa e respeite o tempo dela em digerir o assunto.
A minha relação com a avó materna (e o avô também) da minha enteada é cordial e respeitosa. Estou casada há um pouco mais de 5 anos e ela veio aqui apenas uma vez, no começo do ano passado na festa de aniversário da Isa. Minha enteada comenta comigo que ela pergunta se eu cuido dela direito, se eu nunca judiei, se eu dou comida direitinho... Acho boa e super legítima essa preocupação, afinal de contas ao contrário da minha sogra, ela me conhece pouco e não tem como saber exatamente como sou com a neta dela.
Eu procuro, com as duas avós da minha enteada, ter uma relação de atenção, cordialidade, respeito e entender que pode ser que para elas em alguns momentos seja difícil ter que dividir a neta com mais uma pessoa.
Acredito que no começo pode ser mais difícil, mas com o passar do tempo e construindo relações verdadeiras de amor e respeito, a relação entre madrastas e avós tende a se assentar e passar a ser tranqüila e harmoniosa.
 Beijo e até semana que vem
 
OBS: Me mandem sugestões de pauta, sobre qual assunto vocês gostariam de ver por aqui.

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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Esporte é bom! Sempre.



Recadinho
Pessoal precisei ficar 2 semanas sem postar aqui no blog. Eu precisei de um tempo para organizar minhas idéias e a parte de informática da minha estrutura de trabalho. Não é fácil ter um blog semanal com assuntos diferentes toda semana.
Bom, a partir dessa semana retomo as postagens semanais, toda segunda feira.

Esporte é bom! Sempre.
Sabe aquele exercício mental para lembrar o que estava acontecendo na copa passada ?!? Esses dias eu estava lembrando que há exatamente 4 anos, na copa passada, eu estava casada há um ano, a Isa tinha 4 anos e meio quando decidimos colocar a academia em nossas vidas. Hoje quatro anos depois eu estou 10kg mais magra, meu marido virou tri-atleta e a Isa já praticou circo, futebol, ballet e hoje faz sapateado e natação (essa semana ela passou para o nível avançado na natação).
Minha enteada sempre foi um criança muito dinâmica e como moramos numa casa e nenhum vizinho tem criança da idade dela, assim que mudamos pra cá, vir pra nossa casa ficou meio sem graça quando não tinha amiguinhos para brincar. Era muita energia que ficava acumulada e cabia a nós ter idéias para gastá-la. Um dia pensamos: porque não procurar algum esporte para ela fazer no período da tarde (após a escola) nos dias que ela vinha para nossa casa?!?! Foi a melhor coisa que fizemos.
Depois de conversar e ver o que poderia ser bom pra ela decidimos num primeiro momento a natação. A escolha veio por vários motivos. Por segurança, pois sabendo nadar ela teria mais segurança em lugares com piscina ou na praia, e por motivos médicos. Ela teve 2 pneumonias antes dos 4 anos, e a natação ajudou muito na respiração, depois que começou a nadar nunca mais teve nada sério (graças a Deus), além de melhorar a coordenação motora, equilíbrio e concentração.
Fazer esporte ajuda a criança em tudo! A se socializar, aprender a dividir, entender o conceito de time, ser criativo, aprender a lidar com emoções diferentes, ajuda a parte clínica da criança, principalmente as que tem colesterol alto (o que hoje em dia não é tão raro), depressão, stress, diabetes, as que tem dificuldades motoras ou déficit de atenção, entre outros tanto benefícios.
Se seu enteado está muito ativo, aprontando muito, agressivo sem motivos, e ele não tem nenhuma atividade física, talvez esteja na hora pensar nisso.
É bacana os pais respeitarem a individualidades de cada criança e não persuadirem os filhos a fazerem esportes que eles gostariam de ter feito. Sondem seus filhos, vejam o que eles gostariam de fazer, incentivem, elogiem, ajudem eles a conhecer melhor o esporte que vão fazer, levando a jogos, competições e demonstrações.
Boa semana e até o próximo post.

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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Direito de ser Pai!



Paternidade
1 Qualidade do que é pai. 2 Título que muitas vezes se dá aos religiosos. 3 Qualidade de autor: A paternidade de uma obra. P. adotiva ou civil: a que resulta de adoção. P. ilegítima ou natural: a que provém de união ilícita. P. legítima: a que decorre de casamento legal ou putativo. 
(Dicionário Michaellis)

Estava lendo o livro Ex-marido, Pai Presente - Dicas Para Não Cair na Armadilha da Alienação Parental” – da Roberta Palermo, e me chamou a atenção a quantidade de vezes em que a autora fala aos pais sobre eles buscarem exercer sua paternidade da forma mais completa que conseguirem (se assim for o desejo deles).
Pai é uma coisa tão importante na vida de gente, né?! Eu tive um pai maravilhoso, presente, amoroso, infelizmente perdi ele quando eu tinha 17 anos.
A nossa relação (ou em muitos casos não relação) com nossos pais influenciam diretamente vários aspectos da nossa vida adulta.
Existem homens que tem filhos e não estão nem aí para sua a paternidade, escolhem não ter que se envolver e não se responsabilizam sobre os danos que a sua ausência causam em seus filhos. Escolhem o caminho da “não-paternidade” se abstendo assim de suas responsabilidades. Alguns se arrependem depois de um tempo, outros não. Essa situação de pais que não se responsabilizam por seus filhos está mudando. Já temos casos de juízes que condenaram pais pelos danos causados aos seus filhos como conseqüência da sua ausência afetiva (vide links relacionados). Fato é que quando um homem se torna pai de uma criança, ela será responsabilidade dele por toda a vida quer ele exerça essa responsabilidade ou não.
Parei para pensar sobre a paternidade. Conheço muitos pais que mesmo que separados da mãe de seus filhos fazem questão absoluta de exercerem plenamente sua paternidade, com tudo que ela implica. Se esforçaram para ter uma relação saudável com a ex-mulher para que ela facilite esse contato próximo com o cotidiano do filho e em muitas vezes viverem no dia a dia da guarda compartilhada. Uma particularidade no caso desses pais é que nenhum deles vive uma situação de alienação parental.
Por outro lado sem saber que eu sou madrasta e tenho o blog escuto relatos de mães que se orgulham em não permitir o acesso do filho ao pai com a freqüência que o pai gostaria. Que não deixam a criança viajar com o pai, nem dormir na casa do pai, e o pior, se envaidecem disso. Muitas vezes elas nem sabem, mas mesmo que de uma forma leve estão fazendo alienação parental com seus filhos, e o mais lamentável é que elas fazem isso sem levar em consideração o fato de que seu ex-marido e seu filho serão pais e filhos por toda a vida. Nessa situação o que eu acho muito triste é que muitas vezes o pai não consegue lidar com a situação e vê podado o direito de ser pai. Sem conseguir reagir, na sua maioria esses pais assim como seus filhos sofrem muito essa situação.
Quando vejo uma mãe se orgulhando (muitas vezes gratuitamente) em inviabilizar o contato de seus filhos com o pai deles, tenho a sensação de que o “casal” pensa apenas como “ex esposa” e “ex marido”, e não como mãe e  pai do filho. Penso que qualquer mãe que realmente pense no bem do seu filho não teria coragem de impedir ou dificultar essa convivência que é tão importante para as crianças.
Não é porque um cara foi um péssimo marido que ele tem que ser mal pai, são relações completamente diferentes, uma não pode nortear a outra.
Pra mim, um dos papéis de uma segunda esposa na vida de um homem (principalmente as que tem um companheiro que sofre por não poder exercer sua paternidade plenamente) é ajudar ele a ser o melhor pai possível enquanto ele estiver com seu filho. Ajudar seu companheiro e seus enteados a não entrar em confrontos desnecessários e buscar orientação profissional correta, paz e serenidade para conseguir vencer a alienação parental seja ela em que grau for.
A reflexão dessa semana é sobre dar ao seu filho o pai que você gostaria de ser, ele merece!
Boa semana a todos e até semana que vem!

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Links relacionados: