Paternidade
1 Qualidade do que é
pai. 2 Título que muitas vezes se dá
aos religiosos. 3 Qualidade de
autor: A paternidade de uma obra. P. adotiva ou civil: a que resulta de
adoção. P. ilegítima ou natural: a que provém de união
ilícita. P. legítima: a que decorre de casamento legal ou putativo.
(Dicionário Michaellis)
Estava lendo o livro “Ex-marido, Pai Presente - Dicas Para Não Cair
na Armadilha da Alienação Parental” – da Roberta Palermo, e me chamou a atenção
a quantidade de vezes em que a autora fala aos pais sobre eles buscarem exercer
sua paternidade da forma mais completa que conseguirem (se assim for o desejo
deles).
Pai é uma coisa tão
importante na vida de gente, né?! Eu tive um pai maravilhoso, presente,
amoroso, infelizmente perdi ele quando eu tinha 17 anos.
A nossa relação (ou em muitos
casos não relação) com nossos pais influenciam diretamente vários aspectos da
nossa vida adulta.
Existem homens que tem filhos
e não estão nem aí para sua a paternidade, escolhem não ter que se envolver e
não se responsabilizam sobre os danos que a sua ausência causam em seus filhos.
Escolhem o caminho da “não-paternidade” se abstendo assim de suas
responsabilidades. Alguns se arrependem depois de um tempo, outros não. Essa
situação de pais que não se responsabilizam por seus filhos está mudando. Já
temos casos de juízes que condenaram pais pelos danos causados aos seus filhos
como conseqüência da sua ausência afetiva (vide links relacionados). Fato é que
quando um homem se torna pai de uma criança, ela será responsabilidade dele por
toda a vida quer ele exerça essa responsabilidade ou não.
Parei para pensar sobre a
paternidade. Conheço muitos pais que mesmo que separados da mãe de seus filhos fazem
questão absoluta de exercerem plenamente sua paternidade, com tudo que ela
implica. Se esforçaram para ter uma relação saudável com a ex-mulher para que ela
facilite esse contato próximo com o cotidiano do filho e em muitas vezes viverem
no dia a dia da guarda compartilhada. Uma particularidade no caso desses pais é
que nenhum deles vive uma situação de alienação parental.
Por outro lado sem saber que
eu sou madrasta e tenho o blog escuto relatos de mães que se orgulham em não
permitir o acesso do filho ao pai com a freqüência que o pai gostaria. Que não
deixam a criança viajar com o pai, nem dormir na casa do pai, e o pior, se
envaidecem disso. Muitas vezes elas nem sabem, mas mesmo que de uma forma leve
estão fazendo alienação parental com seus filhos, e o mais lamentável é que
elas fazem isso sem levar em consideração o fato de que seu ex-marido e seu
filho serão pais e filhos por toda a vida. Nessa situação o que eu acho muito
triste é que muitas vezes o pai não consegue lidar com a situação e vê podado o
direito de ser pai. Sem conseguir reagir, na sua maioria esses pais assim como
seus filhos sofrem muito essa situação.
Quando vejo uma mãe se
orgulhando (muitas vezes gratuitamente) em inviabilizar o contato de seus
filhos com o pai deles, tenho a sensação de que o “casal” pensa apenas como “ex
esposa” e “ex marido”, e não como mãe e pai do filho. Penso que qualquer mãe que realmente pense no
bem do seu filho não teria coragem de impedir ou dificultar essa convivência
que é tão importante para as crianças.
Não é porque um cara foi um
péssimo marido que ele tem que ser mal pai, são relações completamente
diferentes, uma não pode nortear a outra.
Pra mim, um dos papéis de uma segunda
esposa na vida de um homem (principalmente as que tem um companheiro que sofre
por não poder exercer sua paternidade plenamente) é ajudar ele a ser o melhor
pai possível enquanto ele estiver com seu filho. Ajudar seu companheiro e seus
enteados a não entrar em confrontos desnecessários e buscar orientação
profissional correta, paz e serenidade para conseguir vencer a alienação
parental seja ela em que grau for.
A reflexão dessa semana é sobre dar ao seu filho o pai que
você gostaria de ser, ele merece!
Boa semana a todos e até semana que vem!
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