segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Viagem internacional com enteado (Documentação).




Agora nas férias de Julho fizemos uma viagem internacional com a minha enteada.
Ela já tinha viajado para a Colômbia e para o Chile com a mãe, mas desta vez fomos para Barcelona e Viena. Fomos eu, meu marido, a enteada e a sogra.
Foi muito bacana. Minha enteada curtiu bastante e aproveitamos muito bem nosso tempo lá!
Como  nunca tínhamos viajado com a Isa para fora do Brasil, providenciamos a autorização de viagem citada no site do Tribunal de Justiça de São Paulo (link abaixo) assinada pela mãe e pelo pai, com firma reconhecida por autenticidade. Levamos 02 vias, a Polícia Federal fica com uma a criança com a outra. Esse foi o único documento (fora o passaporte) solicitado pela policia Federal aqui no Brasil antes do embarque.
Como minha sogra e minha enteada foram de Barcelona para Viena alguns dias antes que eu e meu marido, por precaução fizemos uma autorização em espanhol com tradução juramentada, já que minha sogra e minha enteada viajariam sozinhas (neste caso sem o pai). Ao passar pela imigração espanhola eles fizeram as perguntas habituais e não pediram a autorização. Na Europa é bem comum ver avós e netos viajando entre países nas férias.
Para os avós que vão sair do Brasil sem o pai ou a mãe do neto é importante lembrar que se  por acaso a mãe e/ou o pai estiverem fora do país para assinar a autorização para que a criança possa sair do Brasil, eles pode assinar um formulário na embaixada do Brasil no pais que se encontram e enviar para o responsável no Brasil que deverá se encaminhar ao juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude para obter a autorização judicial concedendo que o parente viaje com a criança.
Para as madrastas e avós que vão se hospedar em hotel com os netos sem os pais, eles também pedem autorização do pais de origem para fazer o check-in.
Um beijos e até semana que vem!
Links relacionados:


Boadrasta nas redes sociais
Instagram - @boadrastacom
Twitter - @blogboadrasta

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Dia dos pais – uma reflexão.


Pai é um assunto sempre delicado. Eu quis escrever esse post ontem, mas quando eu comecei percebi que precisaria de um pouco mais de tempo para saber o que e como escrever.
Só existe boadrasta se existir um pai, principalmente um pai interessado em exercer essa paternidade... e os pais são tão importantes para nos ajudar a sermos boadrastas!
Por isso eu não quis escrever um post blasé sobre o dia dos pais. Achei que eles mereciam uma atenção mais especial nesse dia.
Infelizmente nem todas as crianças tem um pai legal para se orgulhar. Muitos pais se afastam do seus filhos durante o processo de separação e muitos escolhem nem conviver mais com essas crianças. Acho essa atitude muito egoísta e inconseqüente, pois todos os pais se tornaram responsáveis afetivamente por seus filhos, e eles sempre terão expectativas com relação a reciprocidade do afeto de seus pais. Quando isso não acontece temos crianças machucadas, com seqüelas emocionais que vão acompanhá-las por toda a vida. Hoje em dia existe caso de juízes que deram ganho da causa para pessoas que processaram seus pais por abandono afetivo. (vide links relacionados)
Eu não tenho mais pai. Ele morreu há 25 anos, quando eu tinha 17 anos. Pensando nele, sem demagogia, ele era muito afetivo, amoroso e intensamente presente, mas também era autoritário, ciumento e controlador. Fato é que mesmo sendo difícil em alguns momentos, no geral ele era um paizão. Grande sorte a minha crescer com ele perto e presente. Muito do que sou hoje vem das lições que aprendi com ele, principalmente o amor, a generosidade, a ética, a  retidão de caráter... Ter pai bacana e por perto é bom demais.
Caro leitor, se você puder e quiser ser um pai legal e fazer a diferença no futuro do seu filho, dê o seu melhor e seja o melhor pai que seu filho possa ter, isso é a coisa mais legal que você pode fazer por ele.
Sras. Boasdrastas, se seu parceiro está vivendo um processo de alienação parental e está sendo privado do contato com seus filhos, sejam parceiras, ajude ele a tomar decisão com calma e cautela, seja generosa quando ele e seu filho puderem se encontrar e facilite para esse tempo ser bom e proveitoso.
Desejo mesmo que tardiamente, a todos os leitores que são pais e aos companheiros de nossas leitoras, que vocês possam ser PAI na plenitude dessa palavra. Desejo que vocês possam se esforçar para serem presentes no dia a dia de seus filhos, que possam ser a autoridade e o amigo, o confidente , o experiente, o sorridente, o olho no olho, o abraço apertado e o porto seguros de seus filhos.
Toda criança tem o direito de conviver com seu pai.
É isso . Beijão e boa semana a todos!
OBS: O post dessa semana não terá vídeo por motivos técnicos 
Links relacionados: 
 
Boadrasta nas redes sociais
Instagram - @boadrastacom
Twitter - @blogboadrasta

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Enteados mais velhos



Desde que criei o blog tenho focado meus posts no caso de enteados crianças porque eu acredito que seja mais freqüente e é onde eu tenho mais experiência, mas, e quando os enteados são mais velhos?!?! Adolescentes ou adultos ?!?!?! O que fazer ?
Quando começamos um relacionamento com um homem que tem filhos mais velhos, nos deparamos com outras questões e que são diferentes de quando eles são crianças.
O grande desafio, independente da idade, é lidar com o ciúme. Seja ele da mãe ou dos enteados para com a madrasta.
Acredito que os questionamentos mais freqüentes entre enteados mais velhos são: Quem é essa mulher? O que ela quer com o meu pai? Será que ela gosta mesmo dele? Será que ela só quer se aproveitar? Porque ele a trata bem e a minha mãe ele não tratava assim? Se ela não existisse meu pai ainda estaria com minha mãe?
Quando se trata de meninas-mulheres, essas tendem a sentir mais ciúmes dos pais que os meninos, o que pode tornar mais difícil essa convivência num primeiro momento.
Uma situação que pode ser colocada pelos enteados mais velhos é a não aceitação da nova companheira e um bloqueio para o diálogo. Nesse caso como em muitos outros é importante o pai assumir que sua relação é séria, deixar claro que ele escolheu você, madrasta, para ser sua a nova companheira e mostrar para os filhos o quão importante é para ele que sua escolha seja aceita, respeitada e compartilhada, proporcionar, sem impor, oportunidades para vocês se conhecerem melhor.
Assim como no caso dos enteados pequenos é prudente não forçar a barra, não pressionar uma aceitação e conquistar seu espaço aos poucos e contar sempre com o apoio do seu companheiro.
Quando a diferença de idade entre a madrasta e enteados é pequena, a situação pode ser mais complicada, pois pode dar a impressão que o pai está namorando uma amiga da turma.
Independente do caso é fundamental que o pai se posicione e demonstre que sua escolha, e juntamente com você vencer essa barreira.
A vantagem em ter enteados mais velhos é que o diálogo pode se dar de forma mais clara e aberta e em se vencendo as barreiras a convivência tende a fluir melhor.
O fato é que, seja qual for a idade que os filhos do seu companheiro tenham, sempre seremos um elemento que está sendo introduzido na vida deles e para tanto teremos que ser pacientes, respeitosas e amorosas para que esse espaço seja conquistado e com esse novo formato de família todos venham a viver feliz e em perfeita harmonia.
Beijão e até semana que vem.
Boadrasta nas redes sociais
Instagram - @boadrastacom
Twitter - @blogboadrasta

domingo, 3 de agosto de 2014

Ciúmes de mãe.



A relação dos filhos com as madrastas pode, em alguns casos, gerar algum tipo de ciúmes por parte das mães, principalmente quando existe uma boa relação entre os enteados e as novas companheiras dos pais. Porém esse é um sentimento muito natural.
O que vai mostrar para você, madrasta, o quanto esse sentimento vai interferir na sua relação com a criança é a forma como essa mãe lidar com esse sentimento.
Depois de uma separação, independente do que a motivou, os sentimentos ficam muito confusos, e é natural que algumas mães tenham dificuldades em administrar os sentimentos gerados por um relacionamento que não deu certo e, como conseqüência, transferirem, de forma consciente ou inconsciente, essa frustração para a vida dos seus filhos, levando-os a acreditar que essa nova relação atrapalhou a vida da família. Muitas mulheres passam ano após ano nutrindo esses sentimentos de ciúmes e mágoa sem conseguirem se libertar.
É muito fácil nesse tipo de situação termos uma mãe que, sem conseguir lidar com seu próprio sentimento, venha a fazer alienação parental com seus filhos. Por isso, em minha opinião, é fundamental que a terapia, inclusive para os filhos, faça parte desse novo momento para que se coloque os sentimentos em seus devidos lugares, compreender o papel de cada um dentro da família e aceitar o processo de separação. Afinal, conseguir lidar com esse turbilhão sentimental sozinhos é realmente difícil.
Outro dia uma amiga me falou que adoraria ter uma relação como as que eu incentivo aqui no blog com sua madrasta (casada com seu pai há 20 anos), mas sua mãe não aceitava de forma alguma que, ela e a irmã, fossem afetivas ou tivessem algum tipo de intimidade com a companheira do seu pai. Para não desapontar a mãe elas escolheram ter uma relação cordial e não afetiva com a madrasta e assim é por quase duas décadas. A mãe delas teve poucos namorados, depois de separada, e nunca voltou a se casar. Em minha opinião essa mãe nunca conseguiu se livrar das magoas e da dor da separação e transferiu para as filhas todos esses bloqueios sentimentais.
Quando estamos diante de uma mãe que se posiciona dessa forma, a melhor atitude que, nós madrastas, podemos tomar é respeitar, não se sentir ofendida ou levar para o lado pessoal, não pressionar as crianças para que não aja nenhum conflito entre elas e a mãe e principalmente não interferir na relação entre as crianças e os pais. Se as condições da mãe do seu enteado for essas, mantenha a calma e a paciência, o confronto é um desgaste completamente desnecessário que pode e deve ser evitado.
Graças a Deus no meu caso esses sentimentos nunca interferiram na minha relação com a minha enteada, muito pelo contrario a mãe dela sempre apoiou nosso bom relacionamento. É muito bom poder viver e construir uma relação saudável em que se esse sentimento tivesse prevalecido não teriam aconteceriam.
Um beijo e até semana que vem.
Boadrasta nas redes sociais
Instagram - @boadrastacom