Enquanto aguardava em uma fila bem demorada conheci uma mulher
que chamarei de Maria, porque mesmo tendo conversado por um longo tempo não
perguntamos o nome uma da outra. Como sou muito comunicativa a conversa fluiu
rapidamente, e dentre tantas coisas conversadas falei do meu blog e contei um
pouco sobre esse nosso espaço.
Assim que soube do que se tratava Maria
começou a contar sua historia. Ela, mãe de três filhos com três pais diferentes,
convive com três madrastas diferentes. Fiquei imaginando que este relato
poderia ter sido tirado de um livro de crônicas se não estivesse sendo contado diretamente
a mim. Mentalmente me perguntei quantas outras mulheres não vivem situações
semelhantes?
Dois dos filhos de Maria convivem com
madrastas amorosas e que fizeram questão de incluí-las em suas vidas, nas vidas
de seus meio-irmãos e em todas as programações familiares. Porém o terceiro
filho não teve a mesma “sorte” a mulher com quem seu pai se casou não o trata
com tanto amor ou mesmo o inclui na convivência familiar. Fiquei escutando as
particularidades de cada uma das três relações, e todos esses detalhes me fez
pensar novamente na importância do papel do homem em conduzir a entrada da sua
nova companheira na vida dos seus filhos, mostrando e demonstrando para essas
crianças que, apesar dessa nova relação, elas são amadas e seus espaços serão
sempre preservados.
Ela me perguntou o que poderia fazer com o
filho vitima de alienação parental e já apresenta sintomas de forte ansiedade
como roer unhas, falta de concentração na escola, não dorme bem, dor de barriga
por nervosismo, choros repentinos e introspecção. Sempre que uma criança
apresenta um quadro desses o mais indicado é que procure ajuda de um psicólogo,
para que este acompanhe essa criança.
Maria não se casou pela quarta vez, diz que
agora leva uma vida melhor sozinha. Ela se questiona se seus filhos não
estariam mais felizes se ela tivesse feito um planejamento melhor das
gestações, mas ao mesmo tempo acredita que a Providencia Divina está além de
sua compreensão.
O Brasil possui tantas “Marias” espalhadas por
seu território, independente da classe social, cor e credo, e quantas vivem
dramas parecidos. Para todas essas mulheres guerreira aconselho a dar atenção a
esse filho que sofre com esse problema não acredite que com o tempo ele se
acostuma ou que as coisas se “ajeitam” sozinhas, procure ajuda especializada
(psicólogos ou até psiquiatras), a não entre em conflito com o pai e com a
madrasta, para que a criança não seja alvo de represaria.