quarta-feira, 26 de novembro de 2014

3 filhos com 3 pais diferentes = 3 madrastas !



Enquanto aguardava em uma fila bem demorada conheci uma mulher que chamarei de Maria, porque mesmo tendo conversado por um longo tempo não perguntamos o nome uma da outra. Como sou muito comunicativa a conversa fluiu rapidamente, e dentre tantas coisas conversadas falei do meu blog e contei um pouco sobre esse nosso espaço.
Assim que soube do que se tratava Maria começou a contar sua historia. Ela, mãe de três filhos com três pais diferentes, convive com três madrastas diferentes. Fiquei imaginando que este relato poderia ter sido tirado de um livro de crônicas se não estivesse sendo contado diretamente a mim. Mentalmente me perguntei quantas outras mulheres não vivem situações semelhantes?
Dois dos filhos de Maria convivem com madrastas amorosas e que fizeram questão de incluí-las em suas vidas, nas vidas de seus meio-irmãos e em todas as programações familiares. Porém o terceiro filho não teve a mesma “sorte” a mulher com quem seu pai se casou não o trata com tanto amor ou mesmo o inclui na convivência familiar. Fiquei escutando as particularidades de cada uma das três relações, e todos esses detalhes me fez pensar novamente na importância do papel do homem em conduzir a entrada da sua nova companheira na vida dos seus filhos, mostrando e demonstrando para essas crianças que, apesar dessa nova relação, elas são amadas e seus espaços serão sempre preservados.
Ela me perguntou o que poderia fazer com o filho vitima de alienação parental e já apresenta sintomas de forte ansiedade como roer unhas, falta de concentração na escola, não dorme bem, dor de barriga por nervosismo, choros repentinos e introspecção. Sempre que uma criança apresenta um quadro desses o mais indicado é que procure ajuda de um psicólogo, para que este acompanhe essa criança.
Maria não se casou pela quarta vez, diz que agora leva uma vida melhor sozinha. Ela se questiona se seus filhos não estariam mais felizes se ela tivesse feito um planejamento melhor das gestações, mas ao mesmo tempo acredita que a Providencia Divina está além de sua compreensão.
O Brasil possui tantas “Marias” espalhadas por seu território, independente da classe social, cor e credo, e quantas vivem dramas parecidos. Para todas essas mulheres guerreira aconselho a dar atenção a esse filho que sofre com esse problema não acredite que com o tempo ele se acostuma ou que as coisas se “ajeitam” sozinhas, procure ajuda especializada (psicólogos ou até psiquiatras), a não entre em conflito com o pai e com a madrasta, para que a criança não seja alvo de represaria.