segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Educação começa em casa

Já  tem um tempo que eu tenho vontade de escrever um post sobre educação .
E em tempos onde a educação está sendo tão questionada e diria até ameaçada, é importante assumirmos cada vez mais nosso papel como educadores dentro de nossa casa, acompanhar e ajudar nossas crianças nesta parte tão preciosa da vida que é a fase escolar.

Sei que muitos pais (e principalmente mães) não tiveram a oportunidade de avançar muito nos estudos, e talvez não se sintam capazes de acompanhar os filhos em seu universo escolar, porem vocês precisam saber que o simples interesse em saber o que eles estão aprendendo já é valido. Tem assuntos que minha enteada aprende que eu não sei ou não lembro e nos divertimos enquanto ela me ensina.

Como vocês sabem vivemos uma guarda compartilhada em nossa família, minha enteada vem para minha casa geralmente em dias alternados, pelo menos 3 dias da semana ela dorme aqui.

Ela é uma menina muito inteligente, esforçada e o resultado são suas boas notas. Meu marido e a mãe dela sempre separam tempo para estudar principalmente perto das provas , acompanham as lições de casa e conversam sobre os assuntos que ela aprende. Meus horários não batem com os horários que ela tem para estudar, então raramente estudo junto com ela.

É importante a madrasta ajudar, principalmente se ela tem tempo e conhecimento para isso, entendo que todos da família podem participar desse processo de aprendizagem. 

Outro dia eu estava na cozinha fazendo o jantar e minha enteada estudando historia (minha matéria preferida) , libertação da escravatura, conversando percebi que ela não ia estudar a influencia dos imigrantes. Perguntei e ela disse que não ia cair na prova e focou os estudos na guerra do Paraguai. Quanto ela acabou eu falei que achava estranho não cair a influencia dos imigrantes e comecei a contar para ela como se fosse o resumo de um filme como eles foram importantes , etc, etc. Reforcei bem os países em questão. No dia seguinte quando ela saiu da escola me ligou para falar que eu salvei ela, que caiu a mão de obra imigrante e não caiu a guerra do Paraguai ! kkkkkk

Me senti super bem em poder ajudá-la e participar dessa memória escolar que ela vai guardar para a vida toda.

Outro exemplo da importância dessa interação com as crianças aconteceu com uma amiga que percebeu que o enteado dela poderia ser disléxico estudando com ele (foi confirmado o diagnostico posteriormente). Se seu enteado é disléxico as vezes só uma mudança na forma de estudar já ajuda bastante.

A escola tem um papel essencial na formação de nossas crianças, porem quem solidifica mesmo a base do aprendizado é a família. 


Abaixo algumas dicas sugeridas por uma pedagoga e mãe de 02 filhos para os estudos com os filhos, enteados, crianças, sobrinhos ... Toda criança merece atenção neste momento:

- Sempre olhar os cadernos, pois mesmo que não tenha a lição de casa o assunto que foi discutido em sala de aula deve ser comentado em casa, pois reforça o que foi falado em sala de aula e ajudo o aluno a não esquecê-lo;
- Procure separar um tempo para que esse momento de estudo faça parte da rotina,  a criança irá se acostumar e quando tiver autonomia fará suas tarefas sozinha;
- Quando adolescente,  já autônomo procure perguntar do dia na escola, as novidades e quais os assuntos os professores tratam nas aulas, exemplo fatos históricos isso rende boas discussões. Seu filho poderá conhecê-lo melhor, saber sua opinião em determinados assuntos, assim como você saberá o que ele pensa, isso fortalece a relação com o adolescente;
- É interessante também buscar junto com as criança/ adolescente na internet sites de educação e vídeos no youtube sobre as matérias dadas, assuntos afins pois além de reforçar o que foi feito na escola demonstra o lado bom e interativo da Internet.
Helenice Gomes dos Santos, Professora de Arte Formada pela Faculdade de Belas Artes De São Paulo, Pedagoga Pela Uninove, Pós Graduada em Gestão do Currículo para Coordenadores pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Pós graduada em  Docência do Curso Superior pela Faculdade de Conchas, Especialização em Alfabetização.

Dicas para estudos com crianças já diagnosticadas com dislexia:
-  O ambiente de estudo deve ser adequado às necessidades do portador de dislexia, que podem variar de uma pessoa para outra. Enquanto alguns disléxicos preferem estudar ouvindo música e se concentram melhor, outros gostam de escrever no chão ao invés da escrivaninha;
- Portadores de dislexia possuem ritmo diferente dos não disléxicos, e por isso não é saudável submetê-los à pressão de tempo;
- Use uma linguagem objetiva e o mais clara possível, especialmente ao passar instruções;
- Durante a comunicação, fale olhando diretamente para ele. Isso facilita a concentração na conversa.

Beijo e até o próximo post.

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